Tanja Baudoin (Holanda, 1984) é curadora, vive e trabalha no Rio de Janeiro desde 2015. Ela atualmente trabalha no Instituto Tunga. Entre 2019 – 2021 ela era curadora da Biblioteca | Centro de Pesquisa e Documentação na EAV Parque Lage. Ela participou na residência do CAPACETE em 2015. Antes disso, fez parte da equipe curatorial do instituto de performance If I Can’t Dance, I Don’t Want To Be Part Of Your Revolution em Amsterdã (2010 – 2015). Possui um bacharel e mestrado em História de Arte da Universiteit van Amsterdam (2008) e um mestrado em Estudos Contemporâneos das Artes da Universidade Federal Fluminense (2019).
Minha pesquisa se concentra na arte contemporânea no Brasil, especialmente em temas relacionados à performance, ao arquivo, ao texto e à edição. Às vezes a pesquisa ocorre dentro do contexto acadêmico (por exemplo, com minha dissertação de mestrado na UFF sobre a prática performativa do artista carioca Ricardo Basbaum), mas também se desdobra de outras formas, por meio de projetos independentes, colaborações e afiliações institucionais, e pode assumir a forma de ações, conversas ou publicações. Por exemplo, por um período trabalhei como curadora da biblioteca da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no qual desenvolvi um programa de pesquisa que destacava figuras ou eventos importantes da história da escola pelo prisma do nosso momento contemporâneo, com contribuições de artistas e convidados. Atualmente trabalho no Instituto Tunga onde cuidamos do legado deste importante artista.
Na Holanda fiz mestrado em arte contemporânea. Eu estava interessada em fazer uma segunda graduação no Brasil, porque há uma outra história da arte, cruzada, mas também divergente, que eu não aprendi na minha graduação original. A tradição da performance de arte no Brasil é especialmente fascinante, porque começa antes das narrativas ocidentais dominantes e conta uma história que é específica desse lugar. Moro no Brasil há 8 anos e ainda sinto que está enriquecendo minha prática de maneiras difíceis de expressar em palavras. Tem a ver com me colocar em situações nos quais sou confrontada por outras culturas e formas de viver, com outros hábitos e estruturas menos determinadas, então tenho que questionar e a reconfigurar a todo momento as minhas ideias sobre como as coisas são, como devem ou podem ser.
Nome
Tanja Baudoin
Titulação
Mestre em História da Arte
Atuação
Pesquisas Acadêmicas e Independentes.
Pesquisa
Arte contemporânea brasileira.