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HUMANO MAR

por Rejane Nóbrega
30 de julho de 2023
HUMANO MAR
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Estamos no terceiro ano do que a Organização das Nações Unidas instituiu como a “Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável”. O objetivo é conscientizar a população mundial sobre a importância dos oceanos e incentivar ações para proteger os ecossistemas marinhos. A iniciativa propõe dez desafios como, por exemplo, vencer a poluição, proteger e restaurar ecossistemas e biodiversidade, desenvolver uma economia oceânica sustentável e equitativa, e entender melhor as relações e soluções entre o oceano e o clima.

Gostaria de chamar a atenção para os que falam sobre produção de conhecimento, educação e acesso: os mapas interativos e as plataformas abertas que possibilitam o acesso livre para explorar, descobrir e visualizar tanto as condições passadas como as presentes e futuras do ecossistema marinho. Eles têm como base a ideia de que é preciso mais conhecimento científico sobre os oceanos para que as propostas sejam implementadas. Ou seja, é preciso que haja a difusão desse saber, que envolve os fatores físicos, biológicos, econômicos e sociais, para que o desafio de uma educação transformadora, de fato, promova uma cultura oceânica de cuidado, conexão e harmonia com o ambiente.

Dessa forma, para além da urgência e absoluta importância do oceano para a humanidade e equilíbrio do ecossistema terrestre, a instituição da Década do Oceano me parece uma oportunidade especial para os interessados em Educação, difusão e comunicação científica.

A utilização dos termos “ciência oceânica” e “desafios científicos” ressaltam a importância da produção de conhecimento científico. Além disso, também explicitam a apropriação sociocultural da ciência no sentido de evidenciar as relações diretas da ciência com o cotidiano e com a vida social. Essa apropriação foi de grande importância, por exemplo, durante a pandemia da Covid-19, em que a população pôde perceber com mais clareza tais aproximações na prática do dia a dia.

É nesse ponto que, a meu ver, podemos ir além ao aprofundarmos o nosso conhecimento sobre os oceanos. Isso se levarmos em conta o entendimento entre Educação e participação social solidária, afetiva e cooperativa com o ambiente. Autores como Paulo Freire, Edgar Morin e Henry David Thoreau nos mostraram esse caminho: uma jornada a partir da Educação criativa que enfatiza a relação entre diferentes áreas do conhecimento, que nos permite pensar que conhecimento aliado a vida diária nos possibilita entender os contextos sociais, refletir sobre essas realidades e compreender o nosso papel como sujeito histórico capaz de transformar a sociedade. Se acreditarmos que a Educação deve estar presente em todas as dimensões da vida, podemos refletir sobre diversos aspectos dos saberes que os oceanos podem nos trazer.

Podemos, por exemplo, relacioná-los aos estudos dos sonhos, objeto de interesse de muitas áreas do conhecimento, incluindo a psicologia, a neurociência e a filosofia. A relação entre sonhos e criatividade é amplamente reconhecida por artistas, escritores e outros criadores. Durante o sono, o cérebro pode formar conexões entre ideias e experiências de maneiras que não são possíveis durante a vigília, levando a soluções criativas para problemas e inspirando novas ideias para projetos. São tantos estudos, áreas, autores, cientistas, pensadores, ideias, teorias. Como não se encantar com as possíveis relações entre o mar e as profundezas do inconsciente?

O mar também tem sido tema recorrente em áreas da filosofia e da literatura, que buscam explorar a sua vastidão e profundidade, além das conexões com a natureza humana e a existência. Muitos pensadores ao longo da história exploraram as relações entre o mar e a condição humana, refletindo sobre temas como a finitude, a temporalidade e a transcendência. Na literatura, encontraram inspiração no mar para explorar questões existenciais e sociais, como a busca pelo sentido da vida, a luta contra o destino e o confronto com o desconhecido.

Que essas intersecções de saberes que tocam a profundidade das questões intrínsecas ao ser humano possam, sobretudo em tempos de ChatGPT, auxiliar na superação dos grandes desafios na Educação, como o de pôr em prática, não só no mundo, mas também nos sonhos, no coração e na alma, o conhecimento.

Se a Década do Oceano tem, entre suas metas principais, a promoção de uma Cultura Oceânica que transforme as relações de nós, humanos, com o oceano, talvez devamos tornar a Educação, cada vez mais, um processo de autodescoberta. O mar pode ser um dos temas mais incríveis para esta jornada.

E se, ao invés de pensar como a imensidão do mar nos faz sentir pequenos diante da natureza, pensássemos que temos a imensidão nos sonhos dentro de nós? Seríamos um mar inteiro. Conectados por atributos em comum, podemos integrar ao conhecimento, os sonhos, os afetos e a empatia. É ou não é um convite?

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