Em abril deste ano, a Gerência de Educação lançou o projeto CONSCIÊNCIAS, que tem por objetivo implementar ações sistemáticas e educativas de combate ao racismo, de forma sistemática, promovendo a educação antirracista, contribuindo para fomentar o pensamento crítico e a mudança de comportamento dos participantes.
O projeto tem por base de atuação os conhecimentos produzidos pelas ciências humanas e sociais, tendo como proposta a execução de uma agenda de programação que aborda a negritude, a tensão das relações étnico-raciais, o racismo estrutural e seus múltiplos efeitos na população negra no Brasil. Sendo assim, pretende, com um olhar cuidadoso, assessorar ações educativas e, em um seu escopo mais geral, ampliar as formas de diálogos sobre o racismo estrutural – advindo de um processo histórico, auxiliando no fortalecimento de espaços de trocas na perspectiva de uma tomada de consciência sobre justiça social.
O projeto CONSCIÊNCIAS já passou pelas unidades Madureira e São João de Meriti e, neste último trimestre, acontece na unidade Ramos. Pensaremos os trânsitos do território do Rio de Janeiro, identificando nestes espaços personalidades que dialogam com a valorização de elementos da cultura popular negra, partindo do macro para o micro, ou seja, de todo o território da cidade, para a área de abrangência de Ramos. Este será o mote que o projeto executará em parceria com escolas públicas do entorno, coletivos artísticos e toda a comunidade local.
Nesse contexto vamos trazer o coletivo Marginal Y-gûaçu que dialoga com o projeto a partir das oficinas “corpo em risco-vivências e poéticas”, “sonoridades-vibração da música em materialidades múltiplas”, e apresentação teatral que propõe uma navegação “pelas águas do rio Iguaçu” para contar histórias do território às margens da baía da Guanabara. Há danças de violência e colonização, mas também há bailados de resistências, de diversidade e de descolonização. O espetáculo Marginal Y-guaçu é um convite para celebrar as potências culturais das periferias do Brasil com destaque para as histórias indígenas e africanas que desvelam riquezas culturais marginalizadas pela colonialidade”. As apresentações serão seguidas roda de conversa.
A programação vai ocorrer em escolas públicas da localidade de Ramos:
Marginal Y-Guaçu
Oficina Corpo em risco: Vivências e Poéticas
A oficina pretende revelar a “Vivência de corpo e dança – O corpo é campo de memórias”, trazendo as subjetividades, as demandas diárias e as disputas inscritas no ato de dançar, criando poéticas que refletem as existências que atravessam o próprio tempo, movimentando discursos.
Marginal Y-Guaçu
Espetáculo
O espetáculo vai abordar narrativas dos povos indígenas e africanos que viveram a experiência da diáspora no Recôncavo da Guanabara.
Datas: 03 e 09/11 Local: Colégio Estadual
Confira a agenda de programação em novembro a realização do “Ciclo de Oficinas: Reflexões e Diálogos para a Construção de Práticas Antirracistas” direcionado para o público de estudantes de colégios estaduais, escolas municipais e na unidade Ramos. A realização do ciclo conta com a parceria de integrantes do Comitê Pró – Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz):
Letramento racial: identidade e representatividade
Data: 03/11 – Horário: 10 às 12h
Empreendedorismo e mercado de trabalho
Data: 17/11 – Horário: 10 às 12h
Literatura, ancestralidade e resistência
Data: 22/11 – Horário: 10 às 12h
Comunicação pela diversidade – práticas antirracistas
Data: 24/11 – Horário: 10 às 12h
Maiores informações no nosso Portal da Educação:
https://portaldaeducacao.sescrio.org.br/