Damos as boas-vindas à mais recente edição da Revista Humanos, que fecha o primeiro recorte curatorial com um tema que não apenas nos inspira, mas também nos desafia a repensar constantemente nossas abordagens e práticas educativas no Sesc RJ: A inclusão.
Ao longo destas seis edições, partimos do sujeito para trazer a perspectiva coletiva e, do coletivo e da consciência de ser o que somos, passamos pelos lugares que habitamos – do universo aos sonhos. Acreditamos que entender o sujeito em sua totalidade, considerando sua subjetividade, sua biologia e a sua prática social, é fundamental para compreendermos a inclusão em toda a sua extensão.
A inclusão vai além da mera presença de diversidade em um ambiente. É a garantia de que todas as pessoas, independentemente de sua história, gênero, etnia, orientação sexual ou habilidades, tenham igualdade de oportunidades, acolhimento e participação efetiva em todos os aspectos da sociedade.
A edição “Caminho Inclusivos” traz a reflexão sobre uma via dupla: o que nos conduz em direção à inclusão e para onde ela nos conduz? Para Paulo Freire “ninguém caminha sem aprender a caminhar, sem aprender a fazer o caminho caminhando, refazendo e retocando o sonho pelo qual se pôs a caminhar”. Assim se faz a inclusão e assim seguimos orientados para alcançar à equidade, à integração na sociedade, à paz, ao respeito.
Comprometidos continuamente em amplificar as vozes e visões diversas, convidamos você a mergulhar nas páginas desta edição e a se inspirar com as histórias e ideias apresentadas, como a da Maria Teresa Mantoan, nossa entrevistada, que enfatiza a importância de uma mudança geral de mentalidade e a construção integral de uma sociedade mais inclusiva e anticapacitista. Em outra perspectiva, a coluna UmDois traz o texto do Adriano Rocha que nos conta sobre a importância dos movimentos identitários para inclusão, especificamente o Movimento Negro Educador brasileiro que possui uma histórica e profunda trajetória marcada por conquistas que contribuíram significativamente na luta contra a discriminação racial que estruturam as relações sociais do nosso país. Em uma terceira abordagem, o LABinCC (Laboratório de Inclusão na Comunicação e na Ciência) na Universidade Estadual de Campinas, conta sua história: Foi criado para pensar e produzir ferramentas de inclusão, tanto para garantir acesso ao conhecimento científico, quanto para que diversos sujeitos consigam produzir ou participar da produção da ciência.
Aproveite esta jornada de descoberta e reflexão, e junte-se a nós na busca contínua por uma educação inclusiva que inspire nossas trajetórias e uma sociedade mais equitativa e compassiva.
Tenha uma ótima leitura!
ANTONIO FLORENCIO DE QUEIROZ JUNIOR
Presidente do Conselho Regional do Sesc no Estado do Rio de Janeiro