Revista Humanos
  • Home
  • Editorial
    • Sobre a Revista
    • Expediente
    • Edições para Download
  • Entrevistas
  • Dossiê
  • Bio ETC
  • Reportagem
  • Um Dois
  • Em Rede
  • Upload
  • Quadrinhando
  • Conte-me um conto
  • De olho no Sesc
  • Home
  • Editorial
    • Sobre a Revista
    • Expediente
    • Edições para Download
  • Entrevistas
  • Dossiê
  • Bio ETC
  • Reportagem
  • Um Dois
  • Em Rede
  • Upload
  • Quadrinhando
  • Conte-me um conto
  • De olho no Sesc
Revista Humanos
No Result
View All Result
Um Dois

INVENTAR FUTUROS

por Priscila Pincos
27 de maio de 2024
/ Número 4
A CIÊNCIA COMO FAROL DE ESPERANÇA
Share on FacebookShare on TwitterShare on WhatsappShare on E-mail

Quando pensamos em futuro, imaginamos objetos tecnológicos, ultramodernos e de última geração. Quem nunca, durante sua infância, assistiu aos desenhos dos Jetsons e se imaginou vivendo em um futuro como aquele? Carros voadores, robôs em todas as casas e um mundo avançado não apenas tecnologicamente, mas também socialmente.

Os anos das nossas infâncias passaram e, ao olhar o mundo agora, em pleno 2024, pós-período de pandemia, temos a sensação de termos voltado a 1904, mais precisamente no período da famosa Revolta da Vacina. Lembro-me de estudar sobre esse assunto na escola e me perguntar como as pessoas podiam acreditar que aquela vacina era na verdade um complô para matá-las?!

Cento e dezenove anos se passaram e aqui estamos nós, mais perto do cenário de 1904 do que dos anos tecnológicos de 2062 (retratado pelo desenho). É ainda mais assustador quando pensamos que faltam apenas 39 anos para chegarmos à época tecnológica idealizada há tanto tempo pela referida ficção, mas que, na verdade, ainda é muito distante do futuro que atingiremos diante de todos os cenários que existem.

Quando falamos em educação, o cenário se torna ainda mais distante. Feche os olhos e imagine uma sala de aula do século passado. Imaginou? Agora feche os olhos novamente e imagine uma sala de aula desse século. Quase nenhuma diferença, né?

O tempo tem passado, os futuros têm se reinventado a partir das decisões que tomamos no hoje, o planeta Terra está cada vez mais com os dias contados, prestes a entrar em um colapso, mas, ainda assim, não fomos capazes de reinventar e mudar as estruturas de processos de ensino e aprendizagem da nossa sociedade.

Reproduzimos um sistema educacional falido em conteúdo, currículos e grades. Grades essas que nos aprisionam, que nos tiram a visão, que limitam nossos sonhos e nos impedem de pensar diferente. Moldamos nossos estudantes para pensarem apenas de uma forma, pois precisamos de mais produções, mais produtos, mais mão de obra. E desse jeito, idealizando apenas um futuro que já não é tão distante assim, criamos e reinventamos coisas em nossos laboratórios, brincando de Deus e de criador.

Afastamos o ensino e a aprendizagem da terra, do conceito que vem do chão. Afastamos as gerações do convívio com o que há de mais tecnológico neste planeta: a vida! Vamos inventando, reinventando e criando futuros a partir do caos que formamos em nosso presente. Buscamos soluções estapafúrdias para solucionar problemas que nós mesmos criamos. Continuamos aqui, a escrever, produzir, criar, mas já sem tanto sonhar, porque o futuro que nos espera já não é tão acolhedor.

Negamos a Ciência, negamos as Ciências, os conhecimentos, negamos a terra, negamos seus sinais, tudo em busca do progresso, do poder. Como bem disse Krenak em seu livro “Ideias para adiar o fim do mundo”:

Como justificar que somos uma humanidade se mais de 70% estão totalmente alienados do mínimo exercício de ser? A modernização jogou essa gente do campo e da floresta para viver em favelas e em periferias, para virar mão de obra em centros urbanos. Essas pessoas foram arrancadas de seus coletivos, de seus lugares de origem, e jogadas nesse liquidificador chamado humanidade. Se as pessoas não tiverem vínculos profundos com sua memória ancestral, com as referências que dão sustentação a uma identidade, vão ficar loucas neste mundo maluco que compartilhamos.

Reproduzimos, em nossas salas de aula, conceitos capacitistas, racistas e discriminatórios, porque não há tempo para pensar e refletir. É preciso produzir e produzir rápido, é preciso viralizar meu conteúdo com algum reels engraçado, ou entrar em uma trend para ser um educador moderno. De tanto olhar para frente, esquecendo do que se passou e como passou, inventamos um futuro vazio, frio e distante. Qual o segredo de educar uma geração tecnológica? Qual o segredo de inventar futuros? Qual a estratégia para que o processo doloroso que vivemos na pandemia não fique apenas marcado nos livros de história?

É preciso cultivar, descalçar os pés, colocar as mãos na terra. É preciso expandir memórias, não para as nuvens, mas para dentro de nós.

QUEM É PRISCILA PINCOS?

Crédito: Acervo pessoal e edição de @almaretinta – Larissa

Professora das infâncias e pedagoga com especialização em Psicopedagogia, educação inclusiva e ensino estruturado para pessoas com TEA.

Tags: CiênciaEducaçãoFuturoPandemiaPassadoPriscila PincosumDOIS
Próximo Post
BIA COELHO

BIA COELHO

Menu

  • Home
  • Editorial
    • Sobre a Revista
    • Expediente
    • Edições para Download
  • Entrevistas
  • Dossiê
  • Bio ETC
  • Reportagem
  • Um Dois
  • Em Rede
  • Upload
  • Quadrinhando
  • Conte-me um conto
  • De olho no Sesc

Menu footer

  • Sobre a Revista
  • Editorial
  • Expediente
  • Fale Conosco

Siga nossas redes

Instagram Facebook Youtube
No Result
View All Result
  • Home
  • Editorial
    • Sobre a Revista
    • Expediente
    • Edições para Download
  • Entrevistas
  • Dossiê
  • Bio ETC
  • Reportagem
  • Um Dois
  • Em Rede
  • Upload
  • Quadrinhando
  • Conte-me um conto
  • De olho no Sesc